domingo, 7 de junho de 2015

Análise - Promessas de Guerra

Um filme que ficou só uma semana em cartaz nos principais cinemas do Brasil (obrigado Lei de "Incentivo à Cultura" que privilegia Qualquer Gato Vira-Lata 2!). O mais novo filme de Russell Crowe (inclusive dirigido por ele) está aqui!


Promessas de Guerra conta a história de um homem australiano chamado Connor (Russell Crowe) que perdeu seus três filhos na Batalha de Gallipoli em 1915 durante a Primeira Guerra Mundial. O senhor agora deve ir à Turquia para encontrar os corpos dos filhos e enterrá-los com dignidade. Ao chegar lá, eles faz novas amizades e encontra diversos problemas no seu caminho, como soldados turcos e britânicos que impedirão a sua busca.

A história é bem simples, mas os acontecimentos deixam qualquer um ligado no que pode acontecer ao longo do filme. Os problemas estão concentrados aqui, já que há diversos clichês que podem deixar a obra emocional de mais, podendo até se tornar entediante em certos momentos. Apesar de tudo, a trama agrada e lembra bastante filmes um pouco mais antigos de guerra.

A direção de Russell Crowe está espetacular e mostra que ele aprendeu muito nos últimos anos. Há cenas em que o som de uma não é cortado, mas o que é mostrado na tela já é outro fato. As partes que mostram a guerra são excelentes e mostram muito bem a brutalidade, bem expressa com os gritos de um dos filhos de Connor devido a ferimentos internos. Talvez Crowe consiga cada vez mais espaço na direção, da mesma forma que Clint Eastwood e outros atores.

Todos os atores do filme são sensacionais e tornam a obra especial. Russell Crowe mais uma vez mostra seu talento, especialmente nas cenas em que chora ao lembrar dos seus filhos e esposa. Outro grande destaque é o jovem Dylan Georgiades, que faz um pequeno garoto turco que rapidamente se torna o maior amigo de Crowe na sua viagem. O menino é fantástico e tem um potencial de ouro para ser um grande ator no futuro. Olga Kurylenko também está muito bem no papel como a mãe do personagem de Dylan e é extremamente emotiva em determinadas situações.

A trilha sonora não tem um grande destaque, mas as músicas são muito bem feitas e emotivas, gerando o efeito desejado na trama. As emoções podem ser fortes em alguns, mas quem está acostumado a dramas de guerra vão achar o filme igual a vários outros (as críticas não foram exatamente favoráveis, sendo, na verdade, bem mistas).

Uma coisa fantástica da história foi mostrar que todos os lados da guerra são ruins e que heróis são inexistentes. Os britânicos expressam com muita raiva o que os turcos fizeram a eles e os orientais falam sobre os horrores cometidos a eles. Até mesmo se questiona o porquê de nações entrarem em guerra se o que apenas conseguem de recompensa são mortes e mais sangue despejado.

Resumindo, Promessas de Guerra pode não ser o melhor filme da Primeira Guerra que podemos assistir, mas é definitivamente um bom filme que qualquer um deve assistir, especialmente quem quer ver boas atuações e a estreia na direção de Russell Crowe. Infelizmente, devido a leis ridículas brasileiras, esse filme ficou pouquíssimo tempo em cartaz nas grandes redes, como Cinemark e Kinoplex, mas você consegue vê-lo no Itaú.

Veredito: RECOMENDADO


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