domingo, 16 de agosto de 2015

Análise - Quarteto Fantástico

Interrompemos o Especial Sherlock para mostrar a maior catástrofe do ano de 2015: não é Pixels, não é Terminator Genisys, e sim, Quarteto Fantástico. É necessário alertar a importância de não assistir esse filme.


Quarteto Fantástico conta a história de um jovem chamado Reed Richards (Miles Teller), que é um grande gênio mirim convidado para trabalhar no edifício Baxter e continuar o teleportador para outra dimensão. Lá, ele encontra Susan Storm (Kate Mara), Johnny Storm (Michael B. Jordan) e um estranho homem chamado Victor Von Doom (Toby Kebbell). Após viajar com Johnny, Doom e seu melhor amigo, Ben Grimm (Jamie Bell), graves problemas acontecem e os 4 jovens e Susan acabam ganhando poderes.

A história é mal trabalhada e tudo parece acontecer ao acaso. Para se ter ideia, Ben Grimm/Coisa não tem influência nenhuma na história e poderia ser facilmente deixado de lado de tão ruim que seu personagem é (como todos os outros). Os conceitos científicos são péssimos e simplesmente jogados no filme, como o buraco negro e o tal do "Planeta Zero" e mostram o pouco esforço em tentar algo próximo da ciência, um dos pontos chaves do Quarteto (até Terra Formars tem uma ciência melhor explicada que esse filme).

O desenvolvimento dos personagens é inexistente, o que acaba com qualquer tentativa de simpatizar com algum deles. O roteiro é terrível e força diversas situações, como a própria entrada de Ben na equipe, o triângulo amoroso de Reed, Sue e Doom e as próprias justificativas do vilão de fazer o que pensa. Os diálogos são podres e o passo do filme é lento o suficiente para entediar o espectador.

As cenas de ação são vergonhosas para qualquer um que gosta de filmes de heróis. Os efeitos especiais são tão bem feitos quanto os de Diablo III (e isso não é um elogio, apesar de amar o jogo) e as batalhas são mal coreografadas e sonolentas, especialmente quando o Quarteto enfrenta Dr. Destino. Nem a trilha sonora salva essas partes, pois ela é genérica e inexpressiva.


Os atores nem de longe conseguem ajudar o filme, pois a maioria não está trabalhando bem. Miles Teller, por mais que seja um bom ator que brilhou em Whiplash, está atuando mal e a sua cena em que luta é vergonhosa, pois ele mal consegue socar um oponente. Kate Mara está horrível por não transparecer uma emoção, e acaba passando o filme inteiro com uma cara apenas. Michael B. Jordan não faz um Tocha Humana convincente e não tem carisma algum e Jamie Bell é simplesmente inexistente. O pior de todos consegue ser Toby Kebbell, que parece um vilão da novela Malhação ao ter certos trejeitos estranhos (como seu olhar imbecil) e falas ridículas para se dizer o grande vilão.

O filme é problemático ao extremo e consegue ser uma das piores apostas da Fox, que fez esse filme apenas para garantir a licença do Quarteto. A falta da união entre os personagens principais, os efeitos especiais ruins e o vilão horrível, com design tenebroso (parece o robô de Maria em Metrópolis) e motivações sem sentido, conseguem ser a cereja do bolo do desastre. Eu não acreditava no filme, mas depois de assisti-lo é que vi a tragédia que apareceu.

Quarteto Fantástico se consagrou como um dos piores filmes de super-heróis de todos os tempos, superando Lanterna Verde, Mulher Gato e Justiceiro. Os filmes de 2005 e 2007 do Quarteto e O Espetacular Homem-Aranha 2 são obras primordiais perto desse lixo tóxico lançado pela Fox. Facilmente concorre a Pior Filme do Ano e tem chances até de ganhar (isso se não aparecer um tal de Kirk Cameron). Fique o mais longe possível desse filme e tente ao máximo fingir que ele não existe.

Veredito: PÉSSIMO


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