sexta-feira, 27 de março de 2015

Análise - O Juiz

Agora analisarei um filme que poderia ter feito muito sucesso, mas que o resultado não foi muito satisfatório. Hoje a análise é de "O Juiz", com Robert Downey Jr.


"O Juiz" conta a história de um advogado reconhecido chamado Hank Palmer (Robert Downey Jr.) que agora vai para sua cidade de infância para ir no funeral de sua mãe. Acontece que, na mesma noite, o seu pai, que é o juiz da cidade, acaba tendo problemas e é acusado de homicídio. Durante todo o processo, Hank irá estabelecer laços de volta com a sua família e fará de tudo para provar a inocência de seu pai.

A história de "O Juiz" é um potencial desperdiçado. Ela tinha tudo para ser muito interessante e tensa, mas o filme pouco arrisca e faz algo muito parecido com diversas obras da mesma temática. Ele tenta ao máximo emocionar o espectador, mostra um pouco de humor sem sentido no filme, e acaba que o que se espera não é exatamente atingido.

O filme poderia ser bem menor, pois muitos dos acontecimentos ao longo dele não tem relação com o que realmente é necessário. A história só começa a engatinhar mesmo a partir dos 30 minutos, o que deixa tudo muito cansativo, já que a duração é de quase 2 horas e 30 minutos sem ter algo para te prender até o final. O exagero emocional é muito chato e sem sentido, além da história paralela sobre os relacionamentos antigos de Hank. Coisas importantes como o fato de Hank nunca ter conseguido provar a inocência de seus clientes são atropelados e deixados de lado.

O roteiro não foi muito bem trabalhado e os diálogos se tornam confusos. O filme não se esforça em ser diferente e acaba não adicionando nada ao gênero, além de como o desenrolar é previsível. A direção e a fotografia são pontos positivos porque são realmente muito bem feitos, dando um tom bem realista à obra. A trilha sonora não tem destaque nenhum e não é presente.


As atuações são o ponto mais alto do filme, contando com excelentes atores. Robert Downey Jr. está muito bem no papel de Hank e sabe o que faz, sendo o homem preocupado com a sua família, mas ao mesmo tempo tendo que lidar com a situação e até mentir para conseguir seus objetivos. Robert Duvall como o pai de Hank, Joseph Palmer, está fantástico e dá de tudo para mostrar como que seu personagem é um homem complicado de se entender.

Resumindo, "O Juiz" é aquele filme que poderia ter sido muito mais do que ele é, mas arrisca muito pouco e faz basicamente a mesma fórmula de sempre para filmes do estilo. Muitos dos acontecimentos são previsíveis e acaba que a obra se torna mais uma dentre tantas outras, além de tudo ser muito cansativo porque a história demora para chegar aos pontos principais e parece tentar ao máximo emocionar o espectador. O filme não é ruim, mas pouco faz para ser ótimo, não inovando em muitos aspectos e deixando a desejar.

Veredito: MEDIANO


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